Depois daquela última experiência com o Vulnicura não voltei a ouvir Björk durante bastante tempo até certo momento no ano passado que um álbum chamou-me muito a atenção que foi Vespertine, vi bastantes recomendações como a do youtuber famoso Anthony Fantano e uma conta que sigo na rede social TikTok chamado "WillTalksMusic" e ao dar chance a esse álbum apaixonei-me completamente estando dentro dos meus favoritos de todos os tempos desde então, o que me incentivou a continuar a explorar a discografia da Björk e antes de avaliar outra vez este álbum ainda ouvi o "Post", sinto que com estes dois álbuns, que acabam por ser mais acessíveis que Vulnicura, e a experiência que ganhei em música nos últimos meses, iriam ajudar-me a ter uma nova percepção deste projeto.
Passando agora para os termos mais técnicos, Vulnicura é composto com arranjos de cordas e batidas eletrônicas pesadas, como feito anteriormente em seu álbum Homogenic de 1997, sendo este álbum uma maneira que a artista encontrou de se manter ocupada após o fim de seu relacionamento com Matthew Barney. O nome do álbum significa "Cura para as Feridas" (Vulnus + Cura), e Björk descreveu o álbum como "um álbum mais tradicional que o Biophillia para o que diz respeito à composição das músicas. É sobre o que pode acontecer com uma pessoa no final de um relacionamento. Fala sobre os diálogos que podemos ter em nossas cabeças e em nossos corações, os processos de cura". A produção do álbum é defintivamente uma experiência de outro mundo, tão elegante e pesada ao mesmo tempo que demorou bastante tempo até conseguir processar tudo o que estava a acontecer, mas assim que clicou na minha cabeça tudo era mais claro e cada vez fiquei mais impressionado com os detalhes. Temos também a contribuição da sua amiga Arca que também fez um ótimo trabalho a colaborar em Vulnicura.
A única crítica que eu tenho ao álbum é que certas músicas como "Family" e "Black Lake" têm uma extensão demasiado longa para ficar completamente cativado mesmo com a Björk aproveitando o tempo para explorar vários elementos criativos, fazendo com que volte ao álbum com menos regularidade, o que também não é mau de todo porque sinto que o projeto é uma experiência para ser levada aos poucos. Concluindo, considero Vulnicura um projeto de extrema qualidade que é preciso várias ouvidas para compreender a atmosfera densa trazida por Björk que contêm letras bastante profundas e melodias apaixonantes, mostrando claramente a mente de uma pessoa completamente destruída e consumida pelo antigo relacionamento.
Stone Milker (10/10)
Lion Song (9.2/10)
History Of Touches (9.1/10)
Black Lake (7.7/10)
Family (8/10)
NotGet (8.4/10)
Atom Dance (7.6/10)
Mouth Mantra (7.8/10)
Quicksand (7.6/10)
Average Score: 84 💚