Aqui estou eu para fazer mais uma review de aniversário de um álbum da deusa Björk, e dessa vez é o incrível "Biophilia" que está completando 10 anos hoje.
Björk escreveu esse álbum numa época que a Islândia passava por uma crise financeira, ela explorou sobre os efeitos que essa crise estava causando na natureza, a cantora estava bem engajada na época sobre o assunto, ela chegou a fazer petições para o governo local revogar contratos que fez com uma empresa de energia renovável.
Agora voltando a falar sobre o álbum, ela mistura elementos da música junto com natureza e tecnologia, formando músicas bem únicas e grandiosas em alguns pontos.
O lançamento desse álbum aconteceu por um aplicativo de multimídia, algo inédito na época, ele é creditado como o primeiro álbum a ser lançado dessa maneira.
A produção é ótima, Björk trabalhou em cada detalhe de maneira minimalista, as composições são perfeitas e inteligentíssimas, os instrumentais e vocais ficaram ótimos também.
O álbum abre com a radiante "Moon", que retrata temas como renascimento, recomeço e mitologia, ela se referiu a Lua como "pérolas de adrenalina colocadas nas bocas dos deuses". Sobre essa música, Björk disse que a cada lua nova, completamos um ciclo e nos é oferecida a renovação - correr riscos, nos conectarmos com outras pessoas, amar, dar. O simbolismo da lua como reino da imaginação, melancolia e regeneração é expresso na música.
Em "Thunderbolt", ela contém arpejos em sua produção, inspirado no tempo entre que o raio é visto e o trovão é ouvido.
Na letra de "Crystalline" ela fala sobre o processo de cristalização em minerais e rochas em seu próprio ponto de vista, ela compara o crescimento da estrutura de cristal com o crescimento de relacionamentos nos corações de pessoas.
A composição de "Cosmogony" se destoa um pouco do restante das músicas, ela trata fatos técnicos e metafóricos sobre um fênomeno natural, na letra se situa no ponto de vista filosófico baseado em mitos sobre a criação do universo.
Para escrever "Hollow", Björk tomou como ponto, seus ancestrais e seu DNA.
Em "Virus" a melhor música do álbum para mim, ela descreve relacionamentos fatais, como o relacionamento entre um vírus e uma célula.
Em "Mutual Core" ela metafora relacionamentos humanos comparando com a estrutura da Terra e das Placas Tectônicas.
O álbum fecha com "Solstice" que apresenta a relação do efeito da gravidade em corpos celestiais, comparando o sistema solar até uma árvore de Natal.
Um dos álbuns mais diferentes que já ouvi, os temas são tratados de forma muito inteligente, Björk soube trabalhar muito bem sobre isso, ela esboçou sua criatividade perfeitamente.
* Moon (10/10)
* Thunderbolt (9/10)
* Crystalline (9.5/10)
* Cosmogony (8.5/10)
* Dark Matter (7/10)
* Hollow (7/10)
* Virus (10/10)
* Sacrifice (8.5/10)
* Mutual Core (10/10)
* Solstice (9/10)
* Náttúra (8/10)
* The Comet Song (7.5/10)
Nota Final: 87/100