Não medindo esforços para trazer o melhor do art pop com pinceladas psicodélicas, Spellling espreme seu talento na embarcação do pop barroco e entrega um álbum cheio de camadas e experimentos que funcionam da primeira à última faixa. Momentos em que evoca seus sentimentos — ora guiados pela dor e pelo amor, ora por questões sociais — a artista consegue se manter firme ao longo dos altos e baixos marcados por um instrumental que se torna cada vez mais intenso devido aos grandes refrões repletos de vocais que carregam o ouvinte diretamente aos anos 70, como em “Little Dear”, “Always” e, principalmente, “Turning Wheel”, sendo esta a faixa que carrega toda a essência do álbum.