Fossora, assim como os outros álbuns de Björk, é um universo à parte. Aqui, os sons e as melodias conversam entre si de maneira instantâneamente moduladas, isso, partindo de composições e harmonias incrivelmente profundas. A temática lírica, lê-se poesia pura, é um verdadeiro epitáfio postado sobre o túmulo da tristeza. Após expelir a sua dor na sequência de Vulnicura e Utopia, Björk, então, resolve mudar o rumo daquilo que vinha apresentando nesses trabalhos, entretanto, sem deixar de mencionar elementos próprios que estão presentes em todas as suas obras.
A sonoridade, que passeia por diferentes campos musicais, é a maneira mais tentadora de mostrar grandeza artística. Dando novos sentidos à música eletrônica, assim como fez no passado, Björk nos oferece um peça completamente extasiante, unido o industrial com o gabber sem causar disfunções sonoras. A visão de mundo em Fossora é animadora: Björk cria um ambiente recheado de vida. Ela sabe, da melhor maneira possível, que um álbum precisa ser estruturalmente convergente com os demais aspectos musicais programados em poucos minutos. Sem nenhum desperdício, vemos isso ser feito da melhor forma.
Melhores faixas: "Atopos", "Ancestress", "Fossora" e "Fungal City".